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Vícios











Muitos dos homens se apaixonam por cigarros e bebidas. Uns preferem o termo vício, mas eu prefiro chamar de se apaixonar mesmo. Uns se apaixonam pela bebida... outros pelo cigarro, alguns pelos dois. Bom, senhores, senhoritas, ou seja lá quem estiver lendo essa porcaria agora, eu prefiro falar do cigarro... e fumar um cigarro é como dar um beijo molhado naquela garota linda e única que você conhece. A fumaça assim como a língua adentra sua boca e você sente o gosto confortador. Você sente a necessidade de fechar os olhos. E tudo por um momento é uma delícia, e não nos importamos com o veneno que estamos ingerindo... pois sabemos que é um veneno, mas ainda assim fechamos os olhos para curtir a sensação. Assim é o cigarro e assim é aquela mulher que você conhece, e nada mais no mundo pode lhe confortar tanto quanto aquilo. Os dias se passam e quando você menos espera está apaixonado... um incômodo no peito. Você sabe que alguma coisa está errada com o seu corpo. Então você leva os seus dias obcecado, alucinado por sempre querer um pouco mais, mesmo que aquilo esteja lhe matando... e você sabe que está... mas não importa, o que importa é ter um pouco mais, aproveitar um pouco mais, sempre, sempre, sempre, sempre, sempre. E logo, quando menos se espera, chegam os dias negros... aqueles dias em que você começa a definhar. A doença já se apossou, não há mais salvação. Você vomita sangue. O incômodo no peito e na garganta é forte demais. Estar apaixonado acabou com você, matou você... e por um breve instante, antes do fim, você se arrepende, mas é um arrependimento falso, quase engraçado de tão mentiroso, pois a verdade é que sempre buscamos o prazer mesmo que isso nos custe a saúde, a paz, a tranquilidade, a vida. Vida... ou talvez não haja ela, haja apenas os dias e as oportunidades para viver e sangrar, não importa, o que importa é que mesmo se tivéssemos infinitas oportunidades, sempre escolheríamos a favor do prazer, a favor da paixão, do amor... do vício!

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